18 de abr. de 2006

faz dias vivo num terraço. já fui da paulista, de cozumel e berlim. mas hoje é um terraço e nunca fui pra lá. ainda que precise.
meu país, eu carrego no bolso da frente. ou na mala. e conheço bem, como a palma do meu sorriso.
as coisas ditas são confirmadas. ainda que não ouvidas. mil águas e caixas ruins. ainda mais quando se é desconfiada assim. e quando não se tem ouvido pra tocar.
alguém diz “há tempo pra tudo”. tempo disso e pr´a quilos e ele disse que perdeu cinco. parece que foi mais... talvez a vida tenha me feito ver de muito mais longe o que, naquela época, pareceu-me uma luz na janela do avião.
sem saber eu vi, sem saber perdi. um, dois, três, enfim. mas de longe vi, e quando de perto ouvi achei que tinham sido mais que cinco. muito mais. milênios de ternura perdida nas artroses dos dedos seus.
ay que endurecer (oquei)
mas sem perde(r)(-)(l)(o)(,) encanto.

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