18 de abr. de 2006

disse o moço que a alegria da vida está no cuidado. disse o moço que nos atuais dias a felicidade reside na atenção. com o outro.
tinha o cuidado. não tinha tato. feriu será? não quis.
disse o outro moço acerca da intimidade que, por não ter, a irritou.
e o desejo ardente de um dia ter é apenas uma idéia, que, na boca do moço, do novo, na boca da alma, pareceu bem uma ironia. nem tanto dele, mas da parede cruel que surgiu entre dois.
e, nervosinha, esperneou. quis gritar com o mundo, pedir para descer as escadas dos dias, e chegar em dez. o mês. para então poder verificar com os próprios olhos e mãos e dentes qual a verdade dos mares, das conchas e do que mais quiserem.
aí sim, não haverá limites para as palavras, para os dias.
a dúvida é de morte. o sentir, de vida. ainda mais uma moça assim tão realista tão modernista tão tão tão. comunista. mas que, de jeito-maneira divide o que é seu. nem mesmo a incerteza, quiçá uma luz.
mas a dúvida é só sua. então, não atrapalhando a estadia, teve vontade de fugir. como sempre. um fugir conhecido, morno. pra nunca mais. entrar na nova carruagem e se perder. pra longe daquela voz que tantas emoções traz.

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