11 de mai. de 2017

[email visual pra golden, de 5/8/2006]

eita
+ um dia daqueles
tenho que parar, eu sei
nao posso ouvir um vamos. é um fato
até qdo, meu deus, até quando. hoje foi um bar
ai de repente vc olha pra cara do dono do bar e fala ei eu conheço
ai o cara te olha com cara de de onde mesmo??? ai vc diz, quinze anos
e vcs se abraçam e ai começa o papo de meu como assim eu sou amiga de infancia
do dono de um bar legalzinho, ai ele te da cervejas e coisas, pra vc, pras suas amigas e tals
ai no bar toca musica e tudo mais, uns caras bons, e te chamam pra cantar com eles, pq vc é amiga
oquei, amiga do dono do bar, o cara q vc nao via ha uns 10 anos, oquei, ai vc sobe no palquinho pra cantar
sim, uma musica no max, é o que pensa, mas não, qdo vc ve, ta la ha mil horas e sua garganta ta cansada, por mais
que vc saiba que tem q cantar com a joça do diafragma, ai as coisas se arrumam e o cara (dono) diz, ei pq vcs não começam a tocar
de 4a feira aqui, nao temos ninguem disponivel e seria legal, e vc pensa, ue... pq mesmo q eu nao posso vir aqui toda 4a? hahaha e cogita...
ai vc percebe que sao qse 6 da manha, que até então vc nao foi pra casa, desde as 8 da manha, que sua roupa ainda é a mesma de ontem,
sendo q vc ja ta no amanha, ai pensa, ue, preciso parar com isso, porque isso aconteceu também ontem, e anteontem, e transdontonte
e se liga que deve ter algo de errado com vc. ou tudo ou algo ou nada. sim, ai vc ve q nao tem nada de errado, so um dia, ou uma
semana, ou um mes ou uma vida. talvez eu tenha nascido pra bohemia (ui) ou boemia, pode ser, mas a questão é um dia
mais dia menos dia uma hora, vc pensa nas coisas que faz e reflete, ai vc pode ate pensar que ta errando mas nao
nou nou nou e chega a conclusao que qdo se vive, nao se erra e que isso é a vida: uma monte de momentos
bons ruins mais ou menos tico-tico no fubá e lembra da sua avó que de quando em vez dizia isso
sim, ela mesma que tinha o cabelo roxo e que a sua mae pode bem ter puxado ela em algo
um monte de altos e baixos, como esse email, picos e descidas e coisas mas que
faz bem vc poder viver com pessoas queridas que ouvem as suas viagens
ou as suas viajens pq erro de portugues é o canal esses dias
ai as linhas começam a diminuir e o tema se esvai
vc se concentra na gracinha que faz e pensa
se cabe mais umas linhas pra desejar
o bem pra quem vc quer bem
reza na frança, na italia
onde estiver pq eu
to aqui meu!
bj meu
ma
- a subida é sempre mais dificil... :)
1
.
quando da tentativa de dissolução do ego, foi junto uma parte do cérebro
ladeira a baixo
descarga a baixo
madeira!

cidade baixa e o caracol de cimento da minha vida antes de ti.

2
.
carol pode ser ca
mas se chamo ela não vem
diaba linda - quando quer
e isso é quase nunca

cabelos de boneca
cor de caramelo
coisinha de mel
carol caramelo de mel

uma hora me canso e te falo.
mas só de pensar e pá
a vejo caminhar no meu sentido, pra esse lado daqui

3
.
quero te levar pra casa, te abrigar e obrigar a dizer que sim, que pra sempre
chega de graça porque te quero serio
os segundo da vida que nem vi...
qualquer milésimo de instante sem ti é vácuo
galático
galáctico
galácteo

mas somos intolerantes
(quanta merda)
e você compõe de um jeito tao sofisticado que agrada somente aos 5% mais ricos
: domina meu pobre coração iludido
afligido pela pena de ter reagido tão mal ao lindo

às cucuias com essa religião!

sem realização é tudo letra morta

)e eu me esforçando para me encaixar nisso que pus no centro do que eu queria ser.
sou. e esse trocadilho mongol(

esforço-me daqui e tu daí, e daí?
uma pena
trabalhos forçados

minha crença é de que te faria feliz.

~~~~~~~~~~~~~~~~

nao acredito mais naquilo que me foi posto. e para onde isso me conduz?
eu que pus. e agora tiro. plau.

estou com as duas mãos ocupadas procurando uma quina qualquer para estacionar essas travessas

mas se te falo tchau, pra onde eu vou?
o que restaria?

a saída seria um emprego qualquer, canto, me viro, vou.
pra sentir aquela nada saudosa tristeza infinita dos solitários domingos de manhã

de mala e cuia, eu vou.

mas fico sem ir.
cadê o cavalo branco que não vem?

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

o filho do rei me arrebatou pela cintura e levou de onde estou, com meus olhos úmidos e coração baleado.
plau.
seus olhos azuis e sua falta de tato são uma combinação bombástica.
ti.
tu.
o que será de mim agora?

estamos em obras.
(os ponteiros giram enquanto te escuto cantar e te lembro intimo meu
pêlos por todos os poros e por mim)

como te queria
mas hoje como seria se...sim

precisava te ver para ver o que sentiria. se seria sorriso. se séria sorriria, se seria, se iria... se ira...
mas me chame que vejo se vou
e sorria.
...
sorry, eu ia sim. ah se iria. mesmo sem mim, sem mira de rir de mim.
seu sim.
daqui onde estou nao consigo te ver
meus olhos sao invertidos e nao enxergo por dentro
nem te tenho aqui

as BRs que nos separam nos non-stops e o sentir flui
sao palavras em azul (que ora passo para o preto) de um coracao que bate só
sem eco
sem verdade
sem vida

una do lado de cá, de baixo, do sul

era para nao parar para mim mas fiquei sem
ti
sem sentir

anestesio.

pedágio.
[.]
nasceu em sao paulo porque é lá que o cinza fica mais evidente
mas nao foi por acaso, afinal, para pessoas com o nosso sobrenome isso nao existe.
tanto por parte de mae
quanto por parte de pai
"apenas faça!
é a nike quem diz isso hoje, mas poderia ter sido eles.
fazer é intransitivo?

[..]
lembro de sofrer por querer mas nao conseguir [ou poder] dormir a tarde...
era como uma [auto] punicao [auto] imposta à uma mini-me de nem 5 anos.
e entre folhas do jardim e o mar nos dias uteis das ferias, surgi.

[...]
cresci depressa, na toada da nike
e o logan era mais conhecido como wolverine mesmo, que eu vi nos quadrinhos do meu irmao do meio. eram tantas revistas...
havia tambem o surfista prateado.
de surfista tinha tambem meu irmao mais velho. com quem aprendi a ser triste. mesmo quando feliz.

[....]
de filhos eramos 3 e mais os pais, um casal, que eram tambem meio filhos.
5 pessoas juntas mas separadas, numa casa de esquina no 202.
já era acaso mas juravamos que era construção...

{.....]
eu tinha até outro nome, o mesmo do RG de hoje. mas outro aqui dentro.
e mais quatro anos havia o irmão do meio, um escoteiro mirim, meio mac, meio gyver, um completo assistente do professor pardal
e mais quatro anos dele tinha o outro irmão, o primo, meio gênio, distante, poeta.

um pai arquiteto meio foda-se e uma mae catolica meio dane-se. mas os dois com nome de santo.

[......]
o que escreve uma vez me falou que ali eramos mais sensiveis que inteligentes.
definicao poetica com classe
é o que fazem.

[]
e aqui a infancia nao será glamurizada, porque é impossivel
foi marcada por um sofrimento profundo, interno, meu.
uma saudade do que nem sei se sabia e nem sei se sei ainda.
a melancolia improvavel e uma inclinacao quase sadica pela sombra de tudo

porque de tudo o que me atraia a morte era a preferida
tudo que via, via em relacao a ela

nao fosse a morte, talvez nem viveria...

ainda mini vi o fim das avós e os avôs nem conheci.
alem de ter sobre minha cabeça o mito do tio que morreu aos 17 no acidente de carro junto ao avô.

][
talvez, quando se nasce com uma coisa dessas permeando a vida, a morte passe a ser um mantra,
a normalização da tragédia pela repeticao.

13 de abr. de 2017

1
isso daqui tá numa fluidez... amanha apago boa parte, ou nenhuma
porque o bom é não ter censura
cem sensu(r)al

2
a gaiola se abriu mas eu fiquei ali, com a asa machucada
acho que nesses ares não voo mais
nem quero

3
essa seara só me trouxe dor e isso quero que permaneça assim
digo isso até o primeiro galo cantar.
provável que quando eu ver saindo do ovo, cocoricore
...sem nem avermelhar.
o poder das pedras que estão aqui bem antes de nós
ele diz que é inconcebível o poder que têm
as plantas, as pedras, os mantras
compreendemos até certo ponto. mas depois, não.
fica místico, fica mítico. me meto a sentir.
nao sei se o inconcebível se revela no sentir.
mas tento e sinto e sento pra ouvir
o que ouvidos nao veem
olhos nao ouvem
o que houve?
se tudo não mudou, foi boa parte
desarranjou
e a pedra bate e palpita
pepita
gema
ovo de mim
e nem te comprei


valeria e ana
meus amores últimos
nós três mas eram só as duas
a calma que só o amor calmo traz
o decorrer dos dias
a intimidade passo a passo
eu fiquei
com elas
que me salvaram de infernos piores do que os que eu ja teria
ana valeria
valeu
meu bem
pêssego. em jejum.
aqui é doce. chocolate.
eu nem ia viajar mesmo. tu é tolo.
sempre foi.
[te te
à
te te]
tolo e tosco. sem refinamento.

ora falo de um, ora falo do outro.
[oro]
quem sou?
como estou perdida nesses dias em claro...
[aro]
[giro]
[rondo]
nesses dias sem oração
perdida em lembranças do que nunca foi ou daquilo que ja se foi faz tanto tempo que de tanta poeira nem vejo mais nada...
mas insisto.
[isto]
por que não deixo se esvair?
[roda]
não quero ir junto
pelo ralo dos acontecimentos
[halo]
me escorrer pelo vão das horas
[ora, oras]
os espaços não preenchidos do que nem sei o que é.

nao tenho nenhuma realização de nada.
[anda]
vi que nem mesmo a tristeza eu sei o que é.
antes juraria de pé junto que disso sei, que conheço a dor no peito causada pelo bla bla blá.
... mas nem isso.
era também engano.
engodo.
[anos]
[gordo]
quão alto, forte, largo é meu ego...
[ecco, eco]
deve ser tcheco.
fala em uma lingua que eu nem sei qual é...
druzhba
nem. isso é russo.
[urso]
e não temos espaço para isso aqui.
[oui]

[]
quanto incômodo.
quase mordo
[uma corcunda me incomodaria menos]