29 de out. de 2006

Burburinho de gente que ferve. É educação, diz pra mim.
Seria melhor se fosse somente grama, sem essas lajotas de cimento.
Mas é a educação, chamam.

Meu cigarro, pelo meio. Eu já não.
Inteiramente disposta, e os jovens aqui do meu lado debatem sobre a prova. Carinhosamente.

Não entendo muitos porquês. Inclusive esse que me faz escrever em letras-palito.
Já preferi bonecos de chuchu, velhos de nariz de batata.
(É.)
Acho que nunca fui constante nos prefereres.

Sei que meu vestido, quando eu sento, sobe. E eu sinto que quando ele sobe, eu me curvo pra que ele desça.
Sim, voltei a escrever em letras corridas. Sou a que eu conheço agora.
Mas vou me desconhecendo com o passar dos minutos.

Os números mudam, eu muda. Aqui nesse banco chamado educação.

25 de out. de 2006

Vontade de passar a manhã inteira sem definir.
Ordens: pessoas de preto e pessoas de marrom. Pessoas de chapéu de palha no verão.
Mas as coisas se encaixam no taco novo do meu chão.

(...)

O pó das mãos da gentileza daquele me abriu o portão e quebrou a chave.
Sem graça ficou. Ainda mais quando me tocou massa na calça escura.
A senhora me desculpe.
Pára. A diferença são meses. E, além do mais, seu gesto e seus olhos são tão bonitos. Parecem pintados com a tinta de que és feito.

(...)

E eu me lembro do seu avental de florzinhas lilases. Seu vestido de tecido pesado e frio. Seu sapato – traidor da vida – preto, de couro. Que espremia seus pés de unhas velhas.
E d´eu, passando o rosto na cortina molinha do seu braço de avó.

Esse era o nome da amiga dela. Uma carinha de quem nada fez, ou faz, ou. De quem passou a vida em branco. Nuvens.
Então vem o animal e descarta todas as possibilidades no meio da sua existência.
Depois vieram a filha e os netos e. Pobrezinha, em boas mãos de apanhar. Por tabela, por dó dela. Seu peito doía ao ver a cor sob as lentes escuras da família.

Mas eu disse para ela que ele não era um bom rapaz.
Se casasse com o outro, sobrinho da escrevente, não estava nessa situação.
Dói o peito, racha o pé. Moça nova, sem cuidados.
Ai de si, Doraci.
Seria demais se não fosse bastante
E é
Não sei de nada além do que reflito
Ver-te a . traz-me dó.
Música para os ouvidos. De quem?
Qual o ?
Frases com cor mas, nem por isso, completas.

Um amor que permanecerá no se. ano.
Divisor de .
.
De longe pareciam pterodáctilos. Voadores dizendo “aqui”.
Roedores. Aspereza. Espertos.
Ao redor do que restou, toca.
Tinham dúvidas, queriam saber.
Nada.
.
A moça ao lado respira com dificuldade.
Pensamos que talvez seja melhor, pra todo mundo, que ela opere logo esse nariz.
É realmente incômodo quando os ouvidos são feridos por esse ruído detestável.
.
No almoço ele gira a língua ao redor do morango
E diz que hum como adora assim, sem açúcar
Crua a fruta
Após passar por ali, ela desmoronará. Pequenas postas. Ex
.
Significados piscam para mim seus olhinhos adocicados
Vêem doce
Sigo no sentido do que o vento me traz e é doce. E vejo.
Sei sentidos os cinco
.
Lindo. Um dia de outono na primavera.
O lago, a senhora, o ar.
Músculos incessantes no ir. Fui.
Pernas e braços empurravam conscientemente os filhos. Filhos de bocas azuis.
Irmãos que riam, riam, mostrando dentes pequenos, coloridos, língua única.
A imponência sobre rodas, três, e os três.
No banco, a velha levantou a cabeça, desviou o olhar do caderno que tanto agredia com tintas, para ver de onde vinha a risada daquele sábado.
Vinha deles, vinha do que já teve. Mas se perdeu.
E a transeunte, no meio da vida, trancafiou-os. Naquele instante.

21 de out. de 2006

A flor de jasmim vaza no ar
Estrelas brancas e de perfume doce
À noite, cinco pontas, ó. Não há ais.
Semelhantes às cadentes.

Mas jasmim vai do chão pro céu
As reais cortam o céu indo ao chão

Machado na mão, cheiro no chão
Não.

Onde jaz mim nasce estrela nova
Do céu, pro chão
Sim.

14 de out. de 2006

Sonhos são sonhos que torno reais,
a arte de trazer pra cá o que é do lado de lá.
(...)
No banho deixei-me cair pelo ralo e seguir a corrente a meu favor
Sorridente
Por entre canos, tomei um. Chá.
Águas mornas. Rio claro. Chicotes de algas.
E cheiro de grama cortada.
(...)
Lembro das tardes na praia em que cortavas a grama do jardim
No verão, à tarde, chovia
E as pequenas graminhas se misturavam à água que caia do céu, no final de fevereiro.
Havia o zunido do cortador de grama, eternos zês unidíssimos que eu ouvia da rede, na varanda. Uma abelha gigante ou besouro.

E por lá também tinham os negros, cascudos e barulhentos, que moravam na planta verde de flor lilás que cobria o muro da divisa.
Lembro o medo do besouro enozar em meus cabelos infantis e, também, da história (de horror) do inseto que entrou no ouvido da filha do caseiro.

O mais patente, contudo, carrego até hoje: um amor pelo início do pôr-do-sol. Quando ele pega suas trouxas e se vira na direção de casa, indo.
No verão, às 18h; nos demais horários, as minhas 17h queridas e sua luz, seus laranjas e o calor do fio de sol que fecha ainda mais os meus olhos já pequenos de nascença.
Agora que passou vejo que deveria ter gritado por novos rumos.
Ficou enozado em mim. Na hora agá, quando se oscila entre o sim e o não, eu silenciei.
A moça bem ali, bem na frente, platéia: emudeci.
Saí da sala antes dele sair do palco.
Ainda no escuro, sem nem olhar pro lado, sem a ver, sem riscos. De encarar. De enxergar.
Mas era a minha chance. Deveria ter pedido: "Novos rumos".
Laura era menininha quando o pai se foi.
A dúvida não podia calar o que a criança sentia. Era falta de calor.
A pesquisa da universidade grã-fina respondeu que até pra macacos o carinho importa.
Eles mamam rapidamente e se chegam, mais logo ainda, aos trapinhos com cheiro de paz.
(...)
E eu acabei falando pra ela que não gostava quando ela pintava as unhas de vermelho. Cheguei a até mesmo rir quando ela disse que, além das mãos, as unhas dos pés também estavam naquela cor.
Cor de jovem, mãe! Foi o que eu falei. Não de uma senhora de 62! E ria e ria. E ela ria também. Acho.
Agora, ao vê-la ali, lívida, sem vida, de lábios arroxeados, sinto que meu silêncio seria de ouro, de outro.
Mas as mãos cruzadas, da minha querida, são brancas. E as unhas são de um carmim tão vivo que rimam com as flores que sempre enfeitaram.
(...)
Depois, estou no bar. Só. Mas bem assim é como eu quero ficar.
Vou limpar as coisas que ele deixou, por dentro, cada canto da casa. Mas, para isso, terei que aguardar a vontade chegar.
Por ora, deito e sinto o sol se pôr e nascer (pela fresta da persiana fechada) e a poeira se acumular. Minhas aranhas têm nome, minhas digitais já foram cobertas, por ali não passei mais sem pai.
O único desejo que vem é o de permanecer com a janela trancafiada, longe do sol, dos ruídos das gentes.
Não tarda, broto de baldes em riste, jogando água nesse lago parado de salgada saudade.
Por ora, permaneço.
(...)
Chega de procurar por quem não care.
Dizem do italiano, do alemão: sangue quente, pavio curto.
Mas sou brasileiro pavio quente e sangue curto.
Falta-me ar por vezes.

Sou calmo o ano inteiro mas quando é bissexto saio do prumo e...
Queria mesmo era te cantar, mas sou homem sério demais pra isso.
Não gosto do calor. De púrpura bastam as suas unhas que lembrei ao ver o sol pois às 17h o céu avermelho-escure-seu.
Lembrei-me também da raiva que me cegou, surdou, mas, veja só, fez a língua desatrelar. E sou besta: apago seus rastros em mim, seu telefone, fotos, coisas – na esperança, vã, de que assim você se (des)ap(a/e)gue de mim.

11 de out. de 2006

(...ar ar ar...)
Ricardo me fascina.
Não tem como negar.
Acordo duas horas antes, desnecessariamente, só pra me empetecar.
Chego no serviço antes do apito e posto-me em frente ao portão, a fumar.
Vidas atreladas.
Eu só entro depois do bom dia.
Se ele atrasa, atraso também. Paro meu relógio de pulso pra provar pro gerente a razão dos vinte, trinta minutos, uma hora.
Teve vez que esperei uma vida. E ele não veio. Adoentou-se Ricardo meu.
Precisou de transfusão. Pudesse dava todos os meus litros. Mas sou mignon, não pude dar nem uma colher.
Até hoje penso em como seria ter meu sangue no sangue de Ricardo.
Mas, então, paro de pensar porque o sangue me falta com a idéia, me sinto desmaiar.
Bom dia Ricardo.
Na hora.
Posso entrar.

8 de out. de 2006

Ver-te. É verter em saudade do que foi, desaguar em mar já navegado, lamentar pela hora, pelos anos. Sentir.

Fica em mim até amanhecer e aguarda o que não virá. Não aguarde.
E a confusa idéia do que não se sabe.
Roteiro já conhecido, familiar.
Não em forma de sim que não se desprega dessa cruz que carregas no ombro direito.
As histórias podem ser reescritas, em outras línguas, em novas cores, quereres.
Não sei quando começou, mas erros são erros, sempre erros e acertamos também: fato.
Dá-me espetos que te perseguem como lanças e cutucam-me com alma de deus.
Olhos gigantes, escuros. A beleza em forma de pele, uniforme meu, por vidas.

Não há respostas. Sei que, às vezes, um charuto é só um charuto, e nada mais.

A confusão de ser tudo ao mesmo, tempo, preciso, de, tempo, de. Vírgulas. Dê-me tempo, como já me foi dado.
Preciso amadurecer longe das suas garras dominantes, seus genes afiados, sua vida roída. Liberta-me, mim. Peço a uma cigana. Livra-me.
Pipa-me, let it be, let me go, leiloa-me vida. Por ora, deixo-me levar pelo mar. Novo mar, meu mar. Mar meu. Nome.
Às 23 horas um espírito de outro ser invade a casa. Uma casa, então melancólica, agora cheia de ar.

Seriam os passos no corredor, pés de vizinho, ecoando no vácuo. Esse limítrofe sempre com suas peculiaridades, especialidades, querer bem, espremiam-no na condição de trabalhador.
Quero contar dele, esquecer dos ecos do outro lado da porta.
Quero falar que esperavam dele mais, e ele fez menos. Morreu antes do tempo, deixou dois filhos pequenos, mas criados. Era um criador, fotógrafo de nascença, chamado João. Um dos pequenos herdou o nome do pai. Herdou também sua doença, não a que mata, mas a visão de olhos escuros. João, esse Pedro, vê com olhos de criação.

Quem foi na missa, depois de uma semana, disse que foi tocante ver o filho com as fotos do pai nas mãos, distribuindo-as como ele mesmo fez na exposição no museu. Era fera o cara. Ficou assim, emagreceu, empalideceu, sua luz diminuiu e, aos pouco, fechou os olhos: um (enquadrou), depois o outro, clic.

Perde-se um vizinho, perde-se uma visão. Perde-se.
Ganha-se ar e liberdade. Nesses dias, talvez fabricados apenas pela morte de um.

7 de out. de 2006


Retorno à fábrica.
À noite. Sem fumaça.
Sinto-me só. Como há tempos.
Mesmo tendo-te perto.
Para avaliar: fazia tempo que não ouvia Caruso e, hoje, ouvi o dia todo.

Acerca da mais linda história e triste.
Imagens.

Minha terra, sentirei saudade. Onde o mar brilha mais, o vento sopra melhor. Sem falar do sabiá.
Mas vejo um homem abraçar uma ragazza, depois de haver chorado.
E eu sinto essa dor: reflexo do piano no sentir.
Nada que uma linda lua não cure, fazendo doce até a morte.

Ao olhar atento para os dela, aqueles olhos verdes como o mar, ele chora e sente-se afogar.

É a vida mentindo pra você, você mentindo pra ela, mas...
Quando dois olhos te enxergam, tão de perto e tão reais, palavras são esquecidas, confundem-se os pensamentos. E a pequenez das coisas todas, até os planos grandiosos, é a vida que termina.
Agora paro de pensar, sinto-me até feliz e recomeço:
Te voglio bene assai, ma tanto tanto bene, sai.
E' una catena ormai che scioglie il sangue dint'e vene, sai.
Como já dito, ela se lambe da rua por onde andou e volta. Língua na pata e, assim, ao redor da cara, esmagando bigodes com as almofadas das mãos.
Alimenta-se delicadamente. Voa por sobre o chão.
Pêlos doce de algodão negro.
Cores.
Rosa, amarelos, branca, sorriso de dentes pequenos, orelha de radar de nós.
Personalidade. Ninguém a tem. De.
Quereres além da espécie. É ela, sou dela, e ela é por.
Diversão, sentir. Inesquecivelmente, retorna.

6 de out. de 2006

(...)
E por morrer aos poucos, como todos, dá-me uma vontade de viver mais. E é isso que faço. Acordada, não durmo. Em pé, trabalho.
Um ritmo que não sei por quanto tempo suportarei, digo eu, mas é o físico que me preocupa.
Meu gênio da lâmpada é daqueles bem burros, ou radicais. Sim, deve ser xiita, o puto.
Quando falei que queria me matar de trabalhar, era força de expressão. Mas ele não entendeu assim, ok. Paciência: aqui se faz, mas se paga no caixa.
Mas não posso reclamar de tudo não. Tem a parte boa disso: a da casinha. Minha e minha. Uma idéia cada vez mais próxima e cada vez mais definida.
Essa e a outra. A de trás dos montes, mas as rodas só giram em julho de 2007, então tenho longos nove meses para ficar por essas bandas. Ainda falta para a minha turnê nascer.
(...)
Não há razões para desenhos infantis. Não mais. A moça caminha no meio da rua sem ler o que vê nos muros, nas falas, nas placas. Encapa´cidade e sai correndo e sem roupa de baixo a postar-se em frente à parede.
E relembra que suas verdades são universais e, portanto, verdades somente, sem pronome por perto. Como tudo que é seu. Digo, como tudo.
(...)
Um dia bonito. Foi isso que foi. Mas não um dia só, foi mais que um. Mas o sol que fez hoje, e o raibã que eu ganhei no casamento da minha amiga, me fizeram ver uma bola de fogo mais temperada. E triste.
Acordei cedinho, como sempre é (menos quando perco o sono), e achei que faria frio. Às treze horas, fui ver a amiga no café e eis que me derreti na avenida. Talvez por sim, talvez por não. Nem o sol, ou a fome, mas a gata que sumiu e até agora nada dela.
Saiu de madrugada pela porta que eu mesma abri. Foi assim. Mea culpa, já fiz. Mas tem o outro lado, da Paulista. Minha Mia, se foi. Mas volta.
Quero vê-la (mesmo sem ver, mas) bem, de novo de onde eu lhe tirei. No meio da gataria.
(...)
Não precisava tanto para sorrir: uma mão para segurar.
Demorei a assumir o meu lado vingativo. Tirando ele: quase um amor.
(...)
O que queria era, sim, legitimar o sentir familiar.
Inclua-me fora dessa e essa era eu a pedir. Mas não, quereres de um querido eram maiores que uma bola de ping (e) por sempre ser jogado precisava de um querer assim, aí se pegou em cada roubo, com pessoas com outras e sem falta e foi.
E eu, ao abrir uma janela querida, vi seus olhos despertarem ao sim. Antes, o não era tudo. O velho não do velho seu, vê? O antigo faz assim até com conhecidos e nãos: gosta de secos, em-fins. E nessas, por querer ser sim, eu-mim tomo banho gelado e sem razão. Diz sim-sim e sou não-não.
(...)
Mas às vinte e quatro horas ela voltou, ouvi seu sininho ao longe, chamei-lhe Mia, ela veio como uma bala com rabiola preta.
Depois se lambeu da rua, devorou um potinho, com vontade, e dormiu no pé, até o dia seguinte.
(...)
Eita ferro.

4 de out. de 2006

E eu acordei entre 1920 e 33. E a lei seca corria solta. Era mulher como hoje, mas escondendo entre coxa e meia calça a arma de sempre. Carregada.
O carro, preto como sempre, mas com prateados e faróis redondos. E sacos pardos, milhões deles, jogados pelo banco de trás.
O sotaque da minha língua amortecida pela bebida caseira era mais pra lá.
Eu dominava as fronteiras, o país, que não era meu, mas quando eu acordei em 25, creio, era.
E com o vestido vermelho como os lábios de batom e as unhas carmim, as minhas.
Meus cabelos ruivos, como tudo, eram presos num coque. Um cabelo bem feito e alto na cabeça, com fios encaracolados caindo na cara de gângsta.
Caminhos meus e secretos, pelos quais homens de terno preto, como sempre, desviavam as atenções com grana, bombas e tiros. E eu, com o chapéu um pouco mais escuro, passeava doce e livremente.
Vendia, comprava, fabricava. E, lá por 34 viajei de navio. Pra nunca mais.
Virei loira, ´pois morena e cá estou, contando essa história em forma de alucinação.
Sim, meu produto tinha, sempre teve, muita qualidade.

1 de out. de 2006

Ao ver Francisco rodei em plena pista e escorreguei, batendo com a cabeça na guia. Sou meio cega às vezes, na maior parte do dia.
Adia meu compromisso.
Comprime o ar e meu primo-irmão escreve sobre abacates, gorduras e caroço.
É médico o pobre. É médio. E bom mesmo é ser cidadão nessa cidade grande. Onde não cresci, mas nasci que foi uma beleza. Com raízes longas, me alastrei, balaústre, arquitetei.
Seus olhos, diferentes dos de pai, mas de prima profissão e nome: eis.
Em três cores (feito cabelo da moderna senhora) bate nosso peito são, magro porém.
Lágrimas lá, gema minha, meu, ó pá.

Eu gosto de fato. E de fados.
Mas pe(r)de-mim a paciência: tenha a santa.
E entristecer é ouvir o canto que ouço e concordo: se lágrima fosse de pedra, eu bem que chorava. Mas sou Cristo sem sangue, redimindo os pecados alheios.
Mártir nesse redomar-me de amém.
(Votos)
Que sejam livres, ligados pelo bom.
Fortes: casa do desejo de não derramar água dos olhos do outro e suaves o suficiente para terem o que levar, quando forem, se.
Sejam doces: o que alimenta, e ternos: o que seduz.
Que os telefones falem sobre guarda-chuvas numa tarde de chuva e que se aqueçam quando couber. No verão que o sol os morene por igual, que as noites sejam feitas de histórias e que sonhem. Muito. Acordados. Dormindo. Sonhem.
Que o tempo seja feito de risos e pão.
E que ao final sintam esse fim e que chore, quem primeiro parar, de pura saudade do que passou.

Se você pretende saber quem eu sou