21 de jan. de 2007

(.)
Quem sinto, sinto como se de ouro fosse, acaso de ouro gostasse
Sinto confusa esses tempos. Perde-se sem previsão, assim
(..)
A vontade de vestir que te fez correr
Despertou o despreparo para o que nem sequer sabia que teria que saber
A novidade de frente, fria, atacante, brilhou
Os anos em segundos, dali, pra frente, sóis sem o chão
Novo solo, só.
(...)
O homem que desconheço é feito de nojo
O homem que desconheço é frio e fede. A mulher também. Que não conheço.
Porque o homem e a mulher que eu conheço são feitos de cheiro, voz, riso.
O meu homem é mão e pé de dedos curtos, timbre suave.
A minha mulher é foto dando adeus, perfume no travesseiro, saudade bruta
Entre as pessoas que eu conheço e mim há uma massa de pão sonoro, invisível, tocado. Que me faz pensar e quere-las por dentro da vida.
Cigarras falam e eu lembro dela
Doces na mesa, eu lembro dele
Barco, é dela.
Reinados são dela.

4 comentários:

Anônimo disse...

é uma alegria ver que seus textos estão amadurecendo.

também posso usar a imagem de um lutador de box cujo soco cada dia dois mais.

o melhor, eu sei, é que tem muito mais.

beijão

23. disse...

carái maninha... vc tá afiada... parabéns
do bro
R.

Anônimo disse...

As cigarras fazem assim: ssssssssssssssi sssssssssssssssssssi ssssssssssssssssssi ssssssssssssssssi
ssssssssssssssssi sssssssssssssssi...
si! sim! assim...

Anônimo disse...

As cigarras fazem assim: ssssssssssssssi sssssssssssssssssssi ssssssssssssssssssi ssssssssssssssssi
ssssssssssssssssi sssssssssssssssi...
si! sim! assim...