25 de nov. de 2006

Um som grave cruzando as horas.
Vento grosso no rosto, molhado.
O cheiro de dama-da-noite.

De um lado, o lago e suas águas dançarinas.
De outro você e seus pensamentos
...de um dia ser astronauta, um dia ser herói, ser super...
bacana.

Reflete-se nas aves e na lua (só um fiozinho hoje) que a verdade está para chegar.
O mês de setembro passou como um avião
e os jatos que levam as águas para passear (como o cachorro, como o filho) esfarelam esse encardido das suas costas.
Muitos anos sem tomar sol
... é isso que dá.

Foi ontem (mas um ontem de muitos ontens atrás) que o vi em marcha, com a cria nas mãos, sobre rodas
e sobre rodas se pode falar por horas

(Eu passo. Tu passou.
Ela não, não sabe nem pregar um botão)
Contudo, é o que te faz levar o bebê contigo.

Certamente, ele não se esquece mais da roda no asfalto, do acelerado do seu coração, do som da borracha nas pedra.

E sim, penso muito sobre as raízes que destroem o que o homem criou por se acharem de deus.
E é certo que quando isso chegar, você me pegará no colo para que a turbulência não recaia sobre minhas rodas finas. E eu te agradecerei a vida toda por, naqueles instantes, não ouvir o barulho delas no asfalto, dele no peito.
Eu serei ela no teu colo.

4 comentários:

23. disse...

hei Ma, tá escrevendo lindamente hein... espero que ser brilhante seja de familia...
gostaria de visitar
o seu brog mais veiz,
todo dia talveiz,
mas realmente
minha vida é corrida
e muito tempo fazia
que por tudo eu queria,
só que não conseguia,
estar aqui outra veiz.
parabéiz.
Rz.
zzzzzzzzz

Sala disse...

Eita! É de família, sim.
Amo.
Obrigada pela queridice de desde antes d´eu nascê.

mauro sou disse...

pois é, rods, acho que é de família...
mas como diria shakespeare "esse aqui matou a pau!"

bj

Sala disse...

Bomro dos meus pecados. Sempre querido...