10 de fev. de 2008

Carochiña

(uno)
é amanhã já, mas ecos
é a vida do outro lado da veneziana
sou de vênus, sou plutão
e fico realmente incomodada com diversas coisas:
é a curva devagar
é o eco
minto. porque do eco eu gosto.
acostumei-me. como se fosse rodeada de reflexos e um morcego. mas com olhos-sensores.
apesar de ter aprendido a ouvir
mais e melhor

(dos)
Nessa pele de loba má
Não tarda e vem a manhã do outro dia e eu aqui, do lado de cá da janela.
Eu de dentes na boca e a bruxa que tudo engole à solta
Tento não querer tanto

(tres)
O chapéu de marte, do machado meu
Pequeno guerreiro – ele me disse
De nome de flor. Vermelho da paixão, do amor de sangue.
Façamos um pacto quando for o então.

(cuatro)
Não entendo para onde essa cor me levará
Eu ando, pra frente quando cabe
Senão, recuo um passo curto

(cinco)
Mas pra pintar o ombro preciso de mais, muito mais disso
Seria como renascer pedra preta
E eu ando muito branca ultimamente

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