6 de out. de 2007

Iracema era uma pequena ela, muito miúda de tudo, com sorriso largo só.
Que batia o pé a todo contudo. Intolerância congênita às adversidades foi o que disse o doutor.
Mas era a minha companheira, irascível era ela ao me defender com seus dentes claros e unhas pintadas de escuro porque eu pedia. Depois era Iracema passando-as pelas minhas costas, forte e fraco, dependendo do momento em que estava, de ser ira, de ser minha amélia: doce de América nos lábios do meu amor.

... e dizem que quando eu passei pelo batente da casa, nem raiva sobrou. Decretou-se estado de coma em Manaus. Aí chorou. E foi só depois de sofrer por uma semana que Iracema, da janela, acenou pra dor.

Nenhum comentário: