6 de out. de 2007

(.experiência de um eterno silêncio oco.)
Ouço ao longe a natureza de pássaros e latidos e ouço um gato caminhar sobre as pedras da rua de cima.
Perto, sinto tremer o motor e louças batendo, por mãos inexperientes.
Respiro e ouço, agora muito perto, o ar só saindo de mim pra depois voltar. E lembro da água que me envolve por vezes e em como ar, que já foi meu, dança pleno pra sair dali.
O barulho desse momento d´água é o som do oco onde tudo é ao longe. Mesmo que dentro.

E penso em como deve ter sido para ela deixar de ouvir a vida ao longe, deixar o ar sair por ir, sem volta, sem mais carros ao longe ou espumas no prato.

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