9 de abr. de 2006

ninguém avisou que as coisas mudariam tão assim. de repente. cansada de se lembrar do poeta quando diziam de repente quis fugir. e foi para santa tereza. no rio.inevitável naquele estado desassociar tudo ao poeta do de repente. e mudou novamente. foi para palmas. e bateu. e apanhou. e só depois de muito conheceu o índio pintor. de paredes, sem poesia. persistiu.
e era lindo andar pelo rio, o outro dessa vez, com seu peri. sentia-se como se fosse livre. pela primeira vez. uma vida de índio.
nu ele pintava as paredes de cores que não existiam, não em seu estado. mas ela não suportou a pimenta de seu amor.
e matou. sem mais bons dias ou outros bons. antes, quis morrer. e matou. se.
o índio, das paredes foi para o quarto, para o quadro. e a primeira tinta que usou para manchar a tela branca foi o sangue daquela que fugiu da poesia e acabou encaixada em uma em forma de pintura. de repente, não mais que de repente.

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