15 de abr. de 2006

escultor de palavras. delapida. de lambida.
não quero ver a febre abaixar. belo dos olhos de mel. lábios frios. foi quem descobriu o quintal nosso. américa.
nem mil anos podem separar alguém de alguém. qdo se deve, oras. a seca fez florir. os bichos são acessórios, pouco pouco mto pouco.

desejei vê-lo no escuro. tocar o canyon do peito seu. e me enlaçar.
maxilar de cavalo. ombro pintado.
começou a contagem. um dois fogo.

depois fui mulher líquida, passando debaixo da porta.
formei cataratas nas escadas e desaguei no jardim.

então fui mulher em pó. farelo de gente.
não. não bebo. como com farinha.

poderia escrever por horas mas não sei rimar
só sinto. e me aperto para caber entre as linhas. enfim, o elefante do lugar.
e o pior é que aqui na cabeça tudo é natural, tudo é coerente - corrente
mesmo aquele de um dia não sair da cabeça. mesmo isso.

Nenhum comentário: